domingo, 27 de dezembro de 2009

Câncer, e seus ensinamentos...

A gripe, que na minha infância se pegava por andar de pés descalços, evoluiu muito, agora vem do frango, do porco, ganhou até status de A, B ou C, H1N1 e por aí vai. Mas, dessas invenções modernas a que mais me perturba é o câncer. Você está se multiplicando o tempo todo. Suas células estão em constante renovação. Muitas morrem, o tempo todo. E outras tantas se multiplicam. É mágico! O ser humano tem a capacidade de se reinventar não só no pensamento mas também corporalmente. Até que, por um motivo qualquer, ainda muito mal explicado, uma célula, uma única célula filha da puta, resolve se multiplicar de forma diferente das demais. Ela não é você! Não tem a sua energia, o seu DNA, mas está em você, crescendo. O câncer é um organismo estranho, desarmônico, que se alimenta de você para te destruir. E também para ensinar. O câncer nunca é individual. Sempre disse isso e continuarei afirmando. Esse professor chamado câncer é familiar, é social. “a, você sabia que a fulana está com câncer”, mentira. Porque na verdade, a família da fulana é que está. Câncer é uma doença familiar. Uma briga, contra um grupinho sem vergonha de células tortas que se multiplicaram a fú. Uma briga a ser comprada por todos os familiares, em união, armados com carinho, gratidão, dinheiro, empenho e solidariedade. Você deve, a sua maneira estar presente. Fazer-se presente. Estenda a mão. Melhor do que quimioterápicos, cirurgias, mais eficiente até mesmo que a religião é o bom medicamento da “mão estendida”. Perceber-se acolhido, amado, bem quisto ataca ferozmente qualquer célula cancerosa. E no mais, é ensinar e aprender. O câncer é um professor e tanto. O método de ensino é questionável, mas o aprendizado duradouro. Todos nós temos um prazo de validade, renovável perante nossas atitudes e compromissos firmados com “o povo lá de cima”. A minha família adoeceu, de ambos os lados, agora é hora de se armar, aprender, lutar e ensinar. Estou convocando soldados, quem se armará comigo? Já me considero com um bom exército: anjos, orixás, médicos do espaço, agora começaram o alistamento dos seres humanos. Ah, e por favor, cuidado com o maior agravante do câncer, com o que mais mata, estou falando dessa tal de pena. Não sinta pena. Se comova, sim. Mas, pena não! Cada um sabe dos compromissos que firmou antes de pisar nessa terrinha abençoada e bandida que é este planeta. “ah coitadinha, está doente”, coitado de você que pensa assim! Adoecer é um ato de coragem, é permitir que o corpo revele o que está na mente, nas emoções. Adoecer é ser verdadeiro. Então, estamos combinados! Se você é corajoso, não é fã da peninha, quer aprender e ensinar, é solidário e afetuoso, aliste-se! Venha para esse exército.

Sem explicação!


Que Deus é meio debochado, eu já suspeitava. Porque essa história de escrever certo por linhas tortas, meu filho, que bobagem. É deboche mesmo! Você está a mercê do mais puro e intenso deboche divino. Porque além de debochado Deus é desorganizado. Você já observou que cada vez que você arruma a sua vida, põe as coisas no lugar, alguma coisa acontece e tudo se renova, se modifica e “meu Deus” que bagunça que fica. É você solucionar uma coisa e puffff, surge uma outra para ser resolvida. Na verdade, acho que talvez não se trate de um deboche, mas Deus deve mesmo é ser uma mulher. Porque essa história de seguir o coração, de querer tudo certinho no lugar, de ser exigente é tipicamente feminina. Aí, de momentos em momentos, não muito bem regulados, Deus resolve menstruar. Aí meu filho, nós meros seres humanos é que agüentamos a TPM divina com todas as modificações que vem com ela. Por vezes vendavais, outras perdas de emprego, ou o surgimento de um novo amor. Pode ser pior, um amor antigo pode reaparecer. As vezes me acho meio masoquista, mas sou extremamente apaixonado pela vida na terra, esse ciclo menstrual divino todo desregulado.
Há o que se chame de desejo
Aquele suspiro que percorre uma certa distância
Sem chegar no alvo certo
É quando olhares bastam
Os toques são levados pelo pensamento
Os toques que relembram.
Revivem.
Renovam-se.
Existem histórias que ultrapassam os beijos.
As distâncias. As fronteiras.
São reais ao puro toque.
Toque que nos leva as estrelas,
Essas sempre como testemunha.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

O que as mulheres querem (por um homem)

Um homem precisa ter um corpo bonito. Sim, ele é necessário. Afinal de contas, uma barriguinha, gordurinhas e pelanquinhas não são nenhum atrativo sexual. Um homem precisa ser inteligente. Culto, eu diria. De nada adianta o corpo bonito sem uma inteligência presente. Futebol é legal e uma cervejinha gelada tem o seu valor, mas esqueça, não é isso que as mulheres querem. Elas precisam de muito mais do que isso. Dinheiro é bom. Aliás, muito bom. Mas, se você resolver viver só a procura dele, você é que deixará de ser bom. Talvez se torne uma agradável carteira. Bom, não serás mais. Corpo bonito, inteligente, empreendedor na medida certa..hummm.. Educado! Arrotar e depois dizer “te amo” não é nada romântico! Um homem também precisa de mira, acertar no alvo! Não, não estou falando de bocetas, mas sim da tampa do vaso. Custa acertar? Baixar a tampa um exagero, nem comentarei a respeito. Tem que ser bom de cama. Essa idéia que as mulheres são certinhas, que não gostam de ousar, meu filho esqueça já isso! As mulheres gostam de inovar na cama. De ter seus corpos tocados, beijados, levemente mordidos. Acredito que no fim das contas, o que elas menos gostam é de serem comidas. Não as coma, as aprecie. Sem moderação. Com educação e afeto. Um homem precisa ser um bom ouvinte? Mentira! As mulheres não querem ser ouvidas. Elas querem dialogar. Portanto, responda! E de preferência algo melhor que um “ohum” ou um “humm, pois é”. Responda pelo menos algo que tenha a ver com o assunto em questão. Participe da vida dos seus filhos. Eduque-os. Elas gostam de pais presentes. Mas, vou resumir essa ladainha toda. Mais do um corpo bonito, educação, mira, diálogo as mulheres querem presença! Não importa se é um momento célebre ou um desastre. Elas te querem presente. Como uma testemunha de seus atos falhos e certeiros. Participe da vida da mulher. Presença é 90% de toda a conquista. Depois só não esqueça de periodicamente reconquistá-la. Ah! E tenha uma cara de safado. Não precisa ser. Mas a “lata de cachorro” meche com a libido feminina. Elas negam, mas é um atrativo e tanto!

Campo nem sempre bom...





Poderia ter uma história feliz para contar. Mas, não tenho. Ou melhor, tenho uma história linda para contar, que terminou com um show de realismo. Sabe quando você se sente capaz de alcançar a lua com os dedos das mãos, assoprar as nuvens, beijar as estrelas, de tão alto que os teus pensamentos e sentimentos vão? E de repente a única coisa que você sente são seus pés, fixos no chão, trêmulos. Vou deixando o lado poético de lado e vou narrando a situação. Fui ao município de Campo Bom, aqui mesmo no Rio Grande do Sul, para um show. Talvez o mais belo do ano. Acompanhado. Feliz, envolvido, entusiasmado, sabe quando você tinha fechado uma porta da sua vida, e ela aos poucos vai se abrindo e trazendo mais felicidade do que qualquer outra coisa. Nesse entusiasmo apaixonado, em uma parada de ônibus fui abordado por três policiais, cujo um em especial me indagou, referindo meu comportamento como sendo um tal de “gesto obsceno”. Um abraço, de suas pessoas que se gostam, em público foi tratado como obscenidade. E como último questionamento, o policial me perguntou se eu não tinha educação. Educação? Surtei. Para mim obscenidade é a “robalheira” sem escrúpulos que ocorre no governo brasileiro. Obsceno é uma mãe abandonar um filho no leito de um hospital. Obsceno é um deficiente físico não ter acesso a alguns lugares público. Um surdo não ser compreendido. Um amor não ser correspondido. É, a vida é mesmo cheia de obscenidades, esses atos impensados, que não devem ser expostos ao público. De fato, crimes, abandonos, estupros, agressões são mesmo gestos obscenos. Agora, os recatados que me desculpem, mas um abraço, um aperto de mão ou qualquer manifestação de afeto jamais será um ato obsceno. Amores podem ser puros ou marotos, levados ou calmos, intensos ou brandos, mas nunca serão obscenos! Porque todo ou qualquer tipo de amor deve ser demonstrado em público. Bom, diante disso, julgo desnecessária grandes explicações sobre eu ter ou não educação. Nesse sentido, meus pais foram impecáveis. Me ensinaram que não devo baixar minha cabeça para nada e que o que há de belo, deve ser manifesto, para contagiar, multiplicar, transcender. Preconceito na idade dos meus avós é compreensível, na dos meus pais questionável, na minha geração inadmissível, vindo de um funcionário de segurança pública, um crime. Mas, apesar do pequeno baque cultural, continuarei educado. Pois na minha educação, manifestar homo-afeto é natural, bonito, simplesmente flui. Não foi o primeiro preconceito, não será o último. O que não terei é preconceito comigo mesmo. A era dos armários acabou, quer você goste ou não de nos ter nas ruas, emanando amor, felicidade e entusiasmo. Me animei.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Um conto erótico..


Primeiro achei muito bagaceiro fazer um relato erótico. Depois, fui analisando que o erotismo, de bagaceiro não tem nada. É bom fantasiar, é saudável. Faz você se sentir vivo, puro, sem medo dos seus desejos mais íntimos, sexuais ou não; amorosos ou não; limpos ou não. Todos nós temos um modelo de uma transa perfeita, ao seu modo, com muito de você mesmo. Sim, porque para o sexo ser perfeito, deve conter muito de você mesmo. Você deve manifestar sua personalidade, o seu “eu”, no toque, no beijo, no carinho, é necessário estar presente. Sexo não é para os ausentes. E se for com muito carinho, amorosidade, melhor! Minha fantasia sexual perfeita seria assim: marcaria um encontro depois do trabalho, trabalhar para mim é muito prazeroso. Trabalho de branco, e “me gosto” de branquinho, em especial de calça branca, médio justa, médio folgada. Chegaria de branco! Cumprimentaria olhando nos olhos, com vontade de beijar a boca, mesmo sabendo que o lugar não permitiria. O levaria, em uma sutil caminhada até meu apartamento. Onde já no elevador, como um imã, os corpos se aproximassem, com os lábios se tocando de leve. Acredite, nessas condições 12 andares parecem uma eternidade. Abriria a porta, com sutileza, e aí então, os beijos ficariam mais intensos, regados a saudade misturada a entusiasmo, com vontade de conversar somado a tesão, sensações que parecem opostas, mas que com a gente casariam super bem. Eu sentiria o seu toque firme, carinhoso, em conjunto com um olhar cheio de malandragem. Não aquela malandragem má, cachorra, mas aquele olhar com malícia e sinceridade. As mãos ora me conduziriam, ora seriam conduzidas. Sempre com muitos beijos, não me imagino sem os beijos. Transaríamos, atentos um ao prazer do outro, sem medo. Com envolvimento. Terminando abraçados, suados, sujos, cansados, felizes. Recompostos, tomaríamos um banho, a luz de vela e ao aroma de incenso, trocando carícias, sentindo a água. Nos secaríamos, e com a toalha na cintura iríamos para a sacada, abraçados, olharíamos para a Lua, melhor ainda se fosse Lua Cheia, daquelas que parecem iluminar a cidade inteira. Seríamos só nós dois, o abraço e a Lua. Trocaríamos desejos de estarmos juntos mais vezes, olhando nos olhos e trocando carinhos. Sempre com muitos carinhos. E, quando o visse partir teria aquela certeza de que não seria uma transa casual, mas sim o início de uma história a dois. Com doses de loucura e carinho. Para ser uma boa história tem que ter muito carinho, as doses de loucura e óbvio muita cumplicidade. Quando você enxerga nos olhos do outro que o seu interesse não é em dinheiro, em garantir um futuro ou qualquer outra coisa, mas sim em você mesmo, no que você pode fazê-lo sentir, suar, suspirar, enxergar, viver. O mágico é quando você percebe que a outra pessoa respira você, transpira você, confia e é merecedora de confiança. Mágico é quando tem carinho, envolvimento, respirações profundas e óbvio! Aqueles momentos em que você perde o fôlego. Se eu fosse pensar em uma noite perfeita, ela seria exatamente assim, carinhosa, com banho a luz de velas e com um abraço forte ao contemplar a Lua. E você? Como seria a sua noite perfeita? Pense, fantasie, deixe a mente rolar, a vida é super prazerosa, sinta o prazer do viver.

Garoto Malvado!

Agora serei um garoto malvado! Te desejei, te amei, te respirei, fiz a comida que você mais gostava, passei na frente do teu trabalho só para te ver sorrindo através do vidro, inventei mil desculpas para estar ao teu lado. Dei o melhor de mim. Apostei! Planejei! Me envolvi e.. Você foi embora. Simplesmente foi embora. Porque resolveu viver uma história qualquer com um alguém que você já tentou duas ou três vezes ser feliz, e não foi! Amar é complicado e doar-se, bom doar-se um erro. Quando nós nos doamos em excesso, perdemos o melhor de nós mesmos, nos negligenciamos. A partir de hoje, não me negligencio mais, nem um pedacinho de mim mesmo. Somente dois seres completos e em sintonia conseguem ser felizes juntos. E insistir, tramar, chantagear é um baita erro. Seguir em frente, o mais sábio, afinal de contas não quero alguém do meu lado porque sou inteligente, dedicado, ou qualquer uma dessas qualidades confortáveis a todos. Quero alguém do meu lado pelo que sou, represento, calo, pelo que em mim é sujo ou limpo. É ilusão acreditar em pessoas perfeitas, as que mais se aproximam da perfeição são tediosas e previsíveis. É, pessoas perfeitinhas são extremamente previsíveis, vivem seguindo a cartilha. Não seguirei mais cartilhas. Serei um garoto malvado, porque me apaixonei e fiquei no caminho. Serei malvado o suficiente para me colocar como sendo a pessoa mais importante da minha vida. E serei tão mal, que quando me apaixonar novamente, provavelmente cometerei os mesmos erros, e acabarei me doando demais. Aí eu escrevo uma nova crônica e o ciclo recomeça...

domingo, 22 de novembro de 2009

Hoje conversei com anjos, sobre muitos assuntos..



Já fazia algum tempo que não retirava um tempo para essas diálogos, muito mais internos do que externos..mas também, fazia um tempo que eles não me paravam. E acreditem, eles param mesmo! Antes, era rotineiro o convívio com os mortos, posso afirmar com toda a segurança do mundo que até a metade da minha faculdade, convivi mais com mortos do que com os vivos. Hoje aprendi que os vivos também tem os seus encantos. Pois bem, um dia um leve mal estar no estágio, no outro uma queda de pressão arterial seguida de náuseas, e hoje? Bem, hoje acordei de um jeito muito diferente do qual eu havia dormido. Meu corpo resolveu me parar para refletir, para rezar, para acalmar. Eu não havia notado que a vida tinha se tornado mecânica. Rotineira. Tão previsível. Percebi que havia desanimado, e que eu posso sim desanimar as vezes, mas não preciso desistir. Eu havia desistido. Aí, doeu. O corpo doeu. Porque a mente a algum tempo já vinha doendo. Então olhei para os céus e pensei: porque comigo? Eu que cuido de tanta gente? Faço atendimento voluntário? [quase barganhando um crédito pelas minhas boas ações, que de forma alguma anulam as ruins] Já fiz tanto, por tantos! Porque agora, período que mais estou atendendo, me divertindo, me reabrindo até para o amor, eu tenho que estar com essa puta dor nas costas? O mais irônico é que, assim como lançamos as perguntas, eles lá em cima atiram, literalmente, as respostas. Foi quando percebi que meu corpo estava me parando, porque meu espírito não estava conectado com minhas atitudes, vezes desanimadas no profissional, vezes mecânicas. Havia um descontentamento entre minhas crenças e minhas atitudes. Aí, fui parando, para ir me modificando. Já disse para mais de 400 pessoas, com certeza, que o corpo dá os sinais, e que as dores são na realidade ensinamentos. Quase sempre somos vitimas de nossas próprias teorias. Hoje conversei com anjos, sobre muitos assuntos. Você tem conversado com anjos? Não!? E o corpo já começou a doer?

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Decepção!

Poderia falar sobre o amor, amizade ou espiritualidade. Mas, não, falarei sobre a decepção. Você pode prevenir uma série de doenças praticando atividade física, reeducando a alimentação, fazendo exames periodicamente. Mas, como prevenir de se decepcionar? Decepção é quando você tem aquela vontade louca de comer pizza de calabresa, e sabe que a noite vai ter, passa o dia todo ansiosamente esperando, e quando chega na pizzaria o garçom te diz: hoje não tem calabresa. Você poderia dizer que o problema é o garçom, a pizzaria ou a ausência da calabresa. Mas, não. O problema é você que esperou demais. Que fez um projeção. Ainda assim, pizza é pizza! Seja de queijo, milho ou portuguesa. A questão é que você esperava calabresa. Assim como no dia dos namorados, se você esperar um buquê de rosas e ele te trouxer apenas um botão você vai se decepcionar. Agora, se você não esperar nada, um botão será uma surpresa e tanto! Difícil é trocar a pizza e as rosas pelas coisas que essas metáforas realmente significam. O trabalho, saúde, envelhecimento e os relacionamentos afetivo-sexuais. Como viver, sem esperar nada? Por um lado livre das decepções, por outro, parece tão sem metas, objetivos. É, meu amigo, o melhor é nem esperar muito, nem se ausentar das expectativas. Bom mesmo seria simplesmente deixar as coisas fluírem. Mas, sei que essa filosofia “tanto faz” não traz crescimento algum. Enquanto as respostas e a cura para a decepção não vem, continue com a granola, o yoga e os exames de sangue, eles tem a sua utilidade.

Oração de primavera!


Minhas orações andam tão estranhas,
Tenho pedido paciência ao invés de movimento.
Tolerância ao invés de atitude.
Discernimento.
Fará a vida, uma movimentação agora?
Ou continuará tudo tão igual? Rotineiro...
Faça-a girar, com ou sem tolerância, com ou sem paciência.
Discernimento. Sincronicidade.
Chega de passos que só me conduzem a andar em círculos.
Para que mover-se, se irá parar no mesmo ponto.
Seria mais inteligente apenas pular.
Gasta-se menos energia, para manter-se inerte.
Fará a vida, uma movimentação agora?
Talvez, apenas seja o momento de caminhar em linha reta.
A vida está passando, você está sentindo?
Você tem coragem de dar um passo a frente?
Romper com seu mundinho confortável e dar um passo a frente.
Oras, por favor, pare com os círculos! Progrida! Inove! Movimente!
Com ou sem tolerância, com ou sem paciência.
Movimente-se, senão a vida para. Acomoda.
E você perde muito de você mesmo com isso.
Muito de suas qualidades. Potencialidades. E erros.
Pessoas acomodas não contemplam o belo de um dia de Sol,
Mesmo em meio a tanta chuva, que insiste em não parar de cair.
Movimente-se. Que as tempestades cessam. E o dia ensolarado, abrir-se-á!
Bem vinda a primavera.

Como você vem amando?




Se eu fosse explicar o amor, diria que ele é uma menina de pele e olhos claros, inocente, com sinceridade no olhar. Com os pés no chão, cabeça na lua, e os braços a apontar estrelas. O amor é como um sonho infantil, é mágico, sem limites, sem fronteiras, exagerado! Para ser amor, tem que ser, hiper-duper-mega-ultra exagerado. De fazer a mão suar, o coração bater forte, os olhos brilharem. E como brilham! De fazer você sonhar acordado e não dizer uma palavra se quer que seja aproveitável. Sim, você vira um bobalhão! E quanto mais luta contra, mais bobalhão vai ficando. Ah! Deixa disso, sejamos mais bobalhões e vamos aproveitar a mágica de tudo isso, antes que alguém apareça e nos avise que nós crescemos, aí pensamos mais em dinheiro, estabilidade, racionalizamos tudo. Aí aquela doce menina se transforma numa velha rabugenta que nos diz “não vai dar certo”, “ela é muito nova pra você” ou “vocês ganham muito mal, não casem ainda”. Você acredita e envelhece. A sua idade depende da forma com a qual você ama, e não do calendário. Será você uma menina ou já és uma velha? Como você vem amando?

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

'Sexualismo'


As vezes as pessoas me olham como se eu estivesse chagado numa fila, longa, com lindas orquídeas ao redor, no paraíso e dito: “Oi! Para mim, olhos castanhos, um corpo magro, moreno claro e.. humm.. ah! Quero ser gay!” não! Não foi assim, não é uma escolha minha. Algumas pessoas preferem literatura, e elas não são apontadas pelos administradores. Alguns medicina, e nem por isso são atacados na rua por agrônomos repressores. Eu sou gay, e daí? Modifica o meu caráter? Minha forma de agir, trabalhar ou socializar? Não. É uma parcela da minha vida, pequena o suficiente, para não servir de característica para mim. Quero ser conhecido e reconhecido pelo meu profissional, pela minha forma de pensar e não pelo que na minha intimidade eu faço ou deixo de fazer. Com quem eu transo, é um problema meu. Aliás, não se trata só de sexo, mas também de amor. Para quem olha de fora, pode até ser difícil de compreender, mas se você pensar bem, assim como você gosta do sexo oposto, eu gosto de pessoas do mesmo sexo. Você escolheu isso? Estava lá naquela fila? Não, eu acho que não. Agora, você vivenciar a sua sexualidade, isso sim é uma escolha sua! Eu fiz a minha escolha, sou gay e exerço minha sexualidade, tenho direito de fazer as minhas escolhas. Minhas. Casar, ter filhos, morar junto, namorar, isso sim são escolhas. Não se envergonhe do que sente, escolha dentro do que pertence a sua natureza sexual. Aí, não importa mais se você é homo, bi ou hetero; se estava ou não naquela fila, só importa a sua ansiedade para se sentir vivo e feliz. Sabe aqueles momentos em que cada poro do teu ser anseia por se sentir vivo! Pois é, transpire sem medo. Sinta! Aja! Seja feliz porra! E no mais, compreenda os olhares estranhos, aceite o diferente, escolha. Eu gosto de azul, pizza, sucos e homens. Não sou melhor nem pior do que ninguém por isso. Agora, meu comportamento, meu caráter, isso sim, faz de mim um ser digno de apontamento.

Poderei dizer que te amo?

Hoje eu acordei e me senti só
Sem ter aquele alguém especial ao meu lado
Sem se quer saber, se ele será loiro ou moreno
Branco ou negro,
Se sua pele ira ferver ao me tocar
Seremos parecidos ou completamente diferentes?
Será ele inverno ou verão, amor ou paixão?
Se durará uma vida inteira ou
Serão melhores vinte minutos de minha vida
É estranho olhar para os lados e não ter a quem amar
Será que congelei?
Ou tantas decepções fizeram isso por mim?
Será que quando ele surgir eu:
Poderei dizer que te amo?

by Cris Flores!*

O inaceitável é ser "comum"


Vivemos em um mundo onde as pessoas acreditam que o feijão com arroz bem feitinho é o suficiente. Mentira! Quem é que ainda se contenta com o básico? Com o corriqueiro? Quem tolera fazer as mesmas coisas, de maneira repetida e sistemática, sem um propósito? Você passa quatro ou cinco anos numa faculdade aprendendo que “assim funciona” ou “assim não funciona” sem se questionar em relação ao sistema. Aí, o seu molde social, te diz que só serás feliz com um relacionamento fixo e estável. Ganhando muito dinheiro. E você acredita e segue o molde. Sem perceber que esse molde não é seu, apenas foi feito para você. Oras, faça seu próprio molde de vida, sempre deixando um espaço para que as coisas inesperadas surjam. Ah! As coisas que fogem dos moldes! Como é difícil não ser convencional, não seguir as regras sociais. Quem foi que escreveu essa bobagem? De que os tolos tanto acreditam, de que menino tem que gostar de menina? De que fisioterapia é a terapia somente do corpo? Que gaúcho ou é gremista ou é colorado? Que você precisa ter filhos ou gostar de criança? Que sexo é pecado? Masturbar-se um egoísmo? Que rir é inconveniente? Que ser normal é bom? Quando no entanto a normalidade é apenas comum e o torna mais um, no meio de tantos, que não geram nenhum fascínio. Tudo o que fascina é diferente, ousado, regado a retidão e personalidade. Um tempo atrás eu rezava por saúde, dinheiro, pelos meus familiares, hoje rezo para não ser comum. Que Deus não me permita desanimar por pensar diferente, que não me torne alguém comum. Antes exagerado, pecador, ousado, inconveniente, metido! Do que comum. Afinal de contas, ser comum é tão... tão.. comum.

Sejamos menos Idiotas



Um dia você para e pensa, que talvez, não seja bom o bastante. Ou que não é merecedor, ou pior, que as coisas que já deram errado, darão novamente. Aí você desiste. Já parou para pensar no quanto isso é idiota? Você se relaciona uma ou duas vezes, não da certo e você desiste da terceira ou da quarta tentativa. Idiota! Você não foi naquele momento o perfil desejado para a sua vaga profissional dos sonhos, aí aceita aquele emprego qualquer que parece mais confortável. Idiota! Um dia você se tranca em casa, porque percebe que as ruas não são tão seguras quanto você acreditava. Idiota, saia de casa! Aí, não veio aquela reação que você esperava, simplesmente você descobre que as pessoas não seguem o seu molde, você se acha bom o bastante, e as exclui de seu convívio. Idiota!
Sejamos, por favor, menos idiotas. Afinal de contas, deixar de crer nas coisas porque elas deram errado uma ou duas vezes é pura idiotice. Nem tudo precisa estar certo, perfeito, o tempo todo. Siga o seu fluxo, e se ele 'teimar' em não te levar ao teu ponto desejado, repense-o e sinta! Sentir é sempre melhor do que pensar. O sentir flui, preenche, multiplica. O pensar restringe, limita e decide. Pense menos, sinta mais, e por favor, seja menos idiota!