quarta-feira, 25 de agosto de 2010

E o melhor de tudo, é ter com quem dividir...

Pois é, se vive dos 16 aos 21 anos como se nada pudesse te atingir nunca. O som está alto, as pernas agitadas, o coração acelerado e dormir é desnecessário. A vida acontece, sem a mínima carência em se pensar nela. Até que um dia você se fode, digo, se apaixona. Ou melhor, se fode mesmo! Porque meu filho, tudo o que você vai querer é dormir abraçadinho, trocar olhares, ficar de mãos dadas, agradar, ser agradado, estar presente. Você fica tolo, não acredita no que existe, crê no que inexiste, imagina, sonha, suspira, geme. É maravilhoso. Como dizia um bom amigo, o amor te dá o poder de destruir alguém. É verdade, mas eu trocaria o destruir por magoar. Quando se ama, é inevitável, se magoa. As vezes quanto mais você quer agradar, mais passível está de ferir alguém. Porque a sua vontade, nem sempre é a vontade do outro. São duas pessoas diferentes, com o enorme potencial de viver duas vidas bem diferentes de modo maravilhoso. Se as diferenças forem poucas, suspeite, talvez você esteja se relacionando mais com você mesmo do que com o outro, pessoas são diferentes. Tá, mas se pessoas são diferentes, e muitas diferenças magoam, porque amar? Ah, meu filho, porque vale a pena! Cada sorriso gerado, palavra trocada, jantar compartilhado, cada pôr-do-sol acompanhado. As noites de carícias, de sono pregado, de sentimento velado. As conversas! Sim, porque para se relacionar as conversas precisam ser trocas, energia que vai e que vêm. Amar não te dá o direito de transformar o outro em pinico. Mas te dá o dever de fazê-lo sentir-se envolvido, desejado, respirado. Amar é bom demais, quando vem dos dois, é melhor ainda. Amar é dividir uma cama uma tarde inteira, sem nada para fazer, ou esquecendo o que se tem para fazer, uma tarde ou dois dias quem sabe? E, o melhor de tudo, é ter com quem “dividir-se”.

Poeminha cigano

Oh tu! Que podes ouvir estrelas
[Oh tu!] Que tens o movimento circular da noite em tua saia
Respondeis!
Estará todo amor fadado ao desencanto?


Oh Tu! Caminhante do concreto, te respondo
É por isso que mantenho minha mente leve
Meu coração alegre e o corpo em movimento
Pois não é o amor que está fadado ao desencanto
E sim, os Amantes!
Movimento energético circular, uniforme, constante, de mesmo volume, massa, consistência e vigor. Cíclico. Apresento-lhes uma bonita definição do mais perigoso acontecimento da sua vida, eis a ROTINA! Sim, eu tenho, você tem, seus pais e ancestrais também. Você precisa tomar banho todos os dias, escovar os dentes no mínimo umas três vezes, estudar, trabalhar, cumprir normas e por aí vai. Aí você olha e podes dizer: essa é minha vida. Acordo sempre do lado direito da cama, me alimento, trabalho, e por aí vai; ontem, hoje e provavelmente amanhã também. Algo errado? Não, a vida precisa mesmo de um molde. Mas, precisa estar tudo mesmo, sempre, tabelado? Você acorda e se pergunta, o que farei hoje? Aí já te surge aquela lista mental com o passo a passo do dia, milimetricamente moldado para você, só para você. O meu questionamento é: será que existe uma transposição da rotina física para a rotina espiritual? Mental? Emocional? Será que amores caem na rotina? Afinal de contas novidades se tornam coisas comuns o tempo todo, basta passar algumas horinhas, no máximo dias. Você já tentou deixar com que o dia só aconteça, sem planejar? Já analisou o quanto pode ser gostoso sair sem rumo? Sim, porque se você colocar um rumo, vai acabar visitando os mesmos lugares e pessoas que sempre visita. Não adianta vivente, tu és um ser condicionado, tabelado, assim o somos. Está aí mais uma coisa a ser rompida na caminha para evoluir espiritualmente. É necessário romper. Sentir. Vivenciar. Acorde tarde. Não planeje, quando se condiciona, se coloca tudo na própria energia, se você deixar uma brecha, o universo colocará nela a sua energia, aí novidades. Você tem o que não planejou, porque não sabia que ia ser bom para você. Tenha metas, objetivos, mas os deixe livres, soltos pelo ar. Ame o ar. Ame quem compartilha sua caminhada com você, ame com devoção, com entusiasmo, com liberdade, ame com paixão. Sem medo do fim, do começo, ou do meio.. Ame! Aí, deixe com que esse amor puro fogo, queime essas rotinas. Porque até as brigas e desentendimentos são rotineiros. Pense bem, e não minta, você vem ou não vem se desgastando pelos mesmos motivos a tempo? Bom, vou finalizando o texto porque vou a academia, como fiz ontem e anteontem. Aí vou esperar algo novo e encantador acontecer, como fiz anteontem, ontem, hoje. Então depois tenho que dormir. Quer saber? Movimento energético circular, uniforme, constante, de mesmo volume, massa, consistência e vigor uma merda! Vou sair, fazer umas compras, mesmo sem dinheiro, comprar umas guloseimas, me agradar um pouco, depois sair para um jantarzinho a dois, deixar com que um dia igual termine diferente. Aí, não depende mais só de mim.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Tens foco?

Para mim sempre foi fácil tomar decisões. Vou experimentar isso, aquilo ou aquele outro. Esse relacionamento não me serve mais. Essa vivência não me é mais útil. Está na hora de me mudar. Não quero trabalhar tanto. E o engraçado é que eu tenho a plena convicção que nunca errei. Já cometi vários erros sim, e tenho uma listinha de abordagens ruins que eu já fiz. Tenho defeitos. Mas, as decisões, sempre foram as corretas. Nem sempre foram fáceis. Porque sempre que tomamos uma decisão, fazemos uma mudança, algo nós perdemos. Sempre há uma perda. É impossível, e desnecessário, que carreguemos tudo em nossas costas. É preciso desapegar, deixar ir, permitir com que algumas coisas deixem de caminhar conosco. Desapegar-se. Simplesmente deixar com que a vida siga seu próprio fluxo. Respeitar os sinas, os avisos. E deixar fluir não significa que as decisões serão fáceis, “corretas” ou simples. Por vezes, é necessário um corte, perceber-se mudando, morrer. Aí, muitas vezes deixamos de fazer com que as coisas fluam, porque fomos educados para “o sim” e fomos moldados para anular do nosso vocabulário “o não”. Aí, atrapalhamos tudo! Porque deixamos de seguir o nosso próprio fluxo para trabalhar no que o papai acha melhor, conduzir a vida como a sociedade pensa ser o correto, seguir valores religiosos ultrapassados e teimar em sanar dívidas inexistentes. Esta aí duas grandes confusões entre as pessoas. Muitos não sabem a diferença entre a gratidão e a dívida. Entre o perdão e a reconciliação. Quatro coisas bem distintas. Acreditem, sei que é difícil de acreditar, mas as pessoas sobrevivem a um não. Ele as obriga a movimentar-se. Porque se elas queriam um “sim”, provavelmente era o caminho mais curto e o menos trabalhoso. A vida não é tão complicada assim, basta estar presente. É necessário estar presente no que dói e no que felicita. A ausência é a morada das más energias. Não há espaço no éter para metades, partes, pedaços. Você precisa estar inteiramente nos seus propósitos. Aí a vida acontece, os caminhos se abrem, tudo se resolve. A filosofia é linda, mas sabes muito bem que a vida a colocará à prova. Tu estás totalmente presente no que queres?

terça-feira, 23 de março de 2010

Formatura cheganuuuu!


E aí, povo que me conhece, fiz uma pré-seleção de umas músicas para a minha formatura, aí abri votação para vocês me ajudarem na escolha. Então diz aí qual a música que mais combina comigo, ou a que você me conheceu dançando, ou tentando dançar, ou caindo escutando porque dançar era humanamente impossível! \o/


Poker Face (remix) – Lady Gaga
Candy Shop – Madonna
Frozen (remix) – Madonna
Mountain Hare Krishna – Krishna Das
Like a Prayer (S&S Tour) – Madonna
Sweet Dreams – Beyoncé
Like a Virgin – Madonna
Womanizer (remix) – Lily Allen
Boom Boom Pow – Black Eyed Peas
Single Ladies – Beyoncé
Fuck You (remix) – Lily Allen
Vogue (S & S Tour remix) - Madonna
Just Dance – Lady Gaga
Crazy in Love – Beyoncé
Exagerado – Cazuza

~> Outra, deixadika!

as coisas podem ser grandes, pequenas, imensas, depende de vc..


As pequenas coisas…

Vocês já perceberam o quanto nós nos focamos no que nos é grandioso? Desde as conquistas aos problemas. Tudo é grande! Formaturas, casamentos, compra de um carro novo, apresentação da monografia, todos eventos com um marco e uma grandiosidade. Algo que fica registrado em um calendário, como uma data especial. Aí, algumas vezes nos focamos nas coisas que são pequenas, simples, mas que no seu contexto também conseguem ser grandiosas. Depende de cada um. Para mim que tenho os dois braços e os movimento com facilidade, pegar qualquer objeto é um ato simples. Quando em uma manhã dessas, senti um braço que não se move, esboçar um movimento sobre as minhas mãos, tive uma iluminação, sobre as coisas simples da vida. Era eu dando apoio para alguém que estava se redescobrindo com movimentos. Minhas mãos levando outras mãos. Isso foi grande aos meus olhos, pequeno na simplicidade. E assim também o é nos relacionamentos, a gente se preocupa com as coisas grandes “será que ele sabe o quanto eu o amo?”; “será que ele está sentindo que estou pensando nele?”; fidelidade; companheirismo; as finanças; as idas e vindas para existir presença, abraço, colo. Aí você se descuida, nas coisas pequenas, no ciúmes bobo, na insegurança tola, no passado. Passado! Está aí algo que tem um poder interessante, porque os passados que contém duas pessoas podem estar bem resolvidos por uma só! Tanto do seu lado, quanto do meu lado. E o que nos resta então? É focar, se o que queremos é dar atenção as coisas grandiosas, as que são grandiosas na simplicidade ou as que são coisas pequenas. Sou explícito, vocês sabem, vivo das grandiosidades! Amo com grandeza, quase exagerado. Adoro grandes shows, eventos imensos, multidões com um mesmo propósito, Parque da Redenção, eventos ativistas... Vivo das coisas grandiosas na simplicidade como o meu trabalho, um telefonema de bom dia, dois dias inteiros em um quarto, um sorriso, gratidão, um incenso aceso, uma oração. Agora, de coisas pequenas, não sei viver mais a muito tempo. Pelas portas e janelas do meu ser, coisas pequenas não entram. E você? Estás suficientemente focado no que te pareces grande? Ou ainda brigando com a pequenez.

dos extremos, ao meio




Pois bem, vejamos como as coisas são estranhas. Um dia você olha para o lado e percebe que algumas coisas que eram importantes para você, não o são mais. Sempre fui muito questionado sobre dinheiro. Se é uma energia boa, ruim, mais ou menos. Aí diante disso, percebi o quanto para mim esse assunto é delicado. Não sou rico (ainda bem!), mas fui criado em uma vida muito boa. Fiz toda a minha formação em escola particular, fiz cursinhos de computação, inglês, teatro, pratiquei Taekondo, natação e outras coisas. Uniforme escolar bem passado, empregada doméstica, carro do ano, casa própria, apartamento na praia, TV a cabo, tênis de marca, aliás até as meias eram de marca. Os brinquedos mais modernos! Aqueles que na minha infância eram sucesso, do lego ao playmobil. Videogame nunca quis. Um dos primeiros da minha turma a ter computador, a beijar na boca, a ter informação sobre tudo. Eu dava aula junto com os meus professores no que gostava. Na hora do recreio, me dirigia até a recepção e lá estava meu pai com o dinheiro em mãos para eu comprar o meu lanche. Fiz muitas viagens. Tive férias gigantescas, regadas a boa culinária, bom ambiente, diversão sem fim. Colecionei muitas coisas. Sempre me doei muito as minhas manias. Conforto, segurança, uma família harmoniosa, os avós vivendo a me mimar. Pois é, uma bolha! Porque, o mundo não é assim. E quando eu descobri que ele não o era, surtei. Mudei meus valores em 359º. Deixei de ser o mimado, nojento, arrogante, senhor da razão para virar o hippie, o desapegado, o espiritualizado, o desconectado do mundo real. Vivi de energias. Errei, menti, pequei, trai... Amei, vivi, chorei, modifiquei. Fiz viagens a vidas passadas, outras galáxias, para dentro de mim mesmo. Descobri que posso ser o que quiser, aí fiz minhas escolhas. Tracei minhas guerras. Sai da bolha! Interagi com drogados, maloqueiros, prostitutas, deficientes, gays, punheteiros, bandidos. Cada um no seu contexto! Da sua forma. E percebi que o mundo é grande. Que podemos tocar de uma forma boa qualquer ser, independente de como ele está trilhando o seu caminho. Vivi de amor, dos anjos, dos mestres, da família, de 554 casos, de dois ou três romances, de muitos clientes. Hoje percebo que tive que ir de um extremo a outro, do materialismo constante a espiritualidade intrigante. Hoje, trilho o caminho do meio. Gosto de conforto, boa comida, um bom teatro lotadinho, uma roupa bonita. Mas, me sinto plenamente satisfeito em ver as calças Ellus virando bebedeira com os meus amigos. As roupas Colcci virando retiros em meio a natureza. Os tênis substituídos pelos pés descalços, bem unidos a mãe terra. O coração cheio de amor. Acho bonito vaidade, terno e gravata. Mas, vivo tão bem de carinho, afetos, sorrisos, lágrimas, emoções. Sei que não vou curar o mundo, talvez nem uma parcela muito pequena dele. Mas minha vaidade está nos meus seis anos de trabalho desnecessário. Desnecessário sim! Porque de dinheiro nunca precisei, mas daqueles sorrisos, nossa, meu alimento. Seis anos de trabalho desnecessário, mais de 400 pessoas atendidas, um orfanato, um asilo, dois hospitais, 3 cursos de mediunidade, um de magia, 5 giras, um festival de Beltane, 2 renascimentos. É, acho que sou rico sim. E como! Dentro do que para mim tem valor, sou multimilhonário! Tenho uma carreira profissional bem bacana para a minha idade, um namoro intenso e cheio de energia, os amigos mais malucos, presentes e formidáveis. É, a vida pode ser bem boa sem um D & G, um carro zero. Alias, quantos momentos em ônibus, trem, mundo a fora.. Você ainda pode me ver pelas ruas com ou sem uma roupinha bacana, mas sem amor, isso não verás. Agora chega de escrever.. tenho coisas simples para viver..

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

é mais que amizade, é cumplicidade!



O problema de se ter uma vida que é um livro aberto é que algumas pessoas podem não gostar de algumas páginas escritas. Por isso amo de paixão essas duas, porque se elas não gostarem de alguma página do meu livro, pelo menos essa página vai virar baseado! Skapskpaskpak Amooo, meu C3 de paixaum paixudaaa!

Beyoncé - I Am Tour - Florianópolis - 4 de Fevereiro/2010


Beyoncé em números: 570km percorridos, 6 litros de água ingeridos, 11 horas de fila, 16 horas em pé, mais de 40.000 pessoas, 19 horas sem comida, 24 horas sem dormir, 2 horas de show a 12 metros da Diva. Foi impagável ver Beyoncé cantando Ave Maria, vestida de branco, parecendo, digo, sendo uma Deusa. Imensa simpatia, domínio de palco, altivez, energia, glamour, intensidade, beleza e uma voz indescritível. Foi um dia infernal de quente, envolto em uma aura de desconforto e desrespeito, pois Florianópolis deixou a desejar no quesito organização de mega eventos. O público fiel e seleto da Beyoncé foi alvo de uma desordem imensa por parte da organização do evento, esta que recebeu as vaias de mais de 40.000 pessoas por mais de seis vezes. Wanessa surpreendeu mais que a organização do evento. Aliás, Wanessa estudou o público da Diva e cantou um repertório empolgante, sensato e cheio de energia. Ela, ahaZou, e olha que eu nem gosto da nossa misturinha de Sandy com Madonna que ela vem se tornando. Estive na presença de um ótimo antigo amigo e de muitos novos, rescém feitas amizades. Uma fila pode sim ser surpreendente. De Mateus e José Alexandre às mulheres berinjela, um encanto. Beyoncé entrou linda, em um caminhar de glamour e elegância, olhou para o público e se enlouqueceu de amor cantando Crazy in Love. Emocionou com Ave Maria. Encantou com Broken-hearted girl. Provocou reflexões com If I were a boy. Fez todos dançarem com Single Ladies. Me partiu ao meio com Sweet Dreams. Embalou com Video Phone. E simplesmente elevou a todos para um outro mundo com HALO. Fez cada gota de suor, cada bolha nos pés, cada queimadura solar, não ser percebida diante de tamanha repercussão de sua sonoridade. Me arrancou um choro compulsivo ao fechar as cortinas de um dos melhores shows que já fui. Quando me perguntam se ela superou Madonna, respondo com toda a certeza, ela foi única, tal qual Madonna. Não tem como comparar, cada show foi perfeito e combinou com o meu momento interno. Em 2008 eu estava mais Madonna, em 2010 mais Beyoncé, quem sabe não fico um pouco Lady Gaga logo..logo..

RowEnaaa


Você quer continuar? Porque não sei se você percebeu a merda que isso vai dar, mas eu quero continuar, e você? Pense em uma cena de filme, pessoas em uma baladinha na praia, bebida, o céu lindo, uma visão paradisíaca, música, você e quem você gosta gritando que se amam, com os pés firmes nas areias, molhados da água do mar e uma torcida ao fundo emanando um “beija! Beija! Beija!”. Tão cheio de natureza, de vida, de encanto, de excessos e de carinho. Encaixe perfeito dos corpos, sabe quando duas pessoas simplesmente se encaixam e é bom caminhar abraçado, dormir juntos, beijar. E aí, quando os corpos se separam parece que uma parte de você foi eliminada, então o pensamento fica te trazendo todas essas cenas a mente. Ficar te desenhando com as mãos circulando os dedos de leve na tua face, constituindo as melhores cenas das minhas férias. Te desafiar ao estilo: “é, então vai lá e fala com ele”. Fazer academia olhando para você, te buscando com os olhos, te trazendo para próximo de mim com as minhas vontades. Ah, o Barzinho tenso, com a família toda reunida, vitimas de um apronte meu, dos grandes. Ficar horas, horas e mais horas abraçado, encaixado, só curtindo, só sentindo. Nossas caminhadinhas, caminhadonas, meu Deus quantos km, shaushauhsuas O sofá da Lévion, caminhar de mãos dadas na boate, sem existir os lados, sem existir outras pessoas, só existindo você, sem desgrudar. Te dar tchau, nossa quanta dificuldade, mesmo sabendo que logo eu ia te ver. Escutar as tuas histórias, contar as minhas. Achar lindo que quando você acha alguma coisa muito boa diz “vai se foder” antes de contar.. nosOs beijos: os quentes, os suaves, os discretos, os inquietos, os tristes por antecipação. Nós nos beijamos e desde então não nos distanciamos mais... é amor, só pode ser, e se não for é algo muito melhor..

s2


Vou começar esse texto com um relato do cenário que me envolve, no PC um playlist com única e exclusivamente Madonna, a minha direita um pote de 2 litros de sorvete de chocolate branco, na bancada incenso com aroma de frutas, o coração apertadinho e a mente cheia de lembranças de um belo conto de fadas, de muitas fadas! O carnaval nas minhas crenças é conhecido como um festival onde todos os pecados são perdoados, onde você pode se entregar ao fluxo das coisas, viver, amar, sorrir, transar, beber, fazer o que tiver vontade. Na quarta-feira tudo vira pó, uma quarta de cinzas. Eis que me entreguei a essa proposta. Só que para mim, as energias do universo trocaram o profano pelo que há de mais sagrado. No carnaval chegou o amor, que na quarta não virou cinzas, que hoje não virou coisa alguma no diminutivo. Apenas aumentou, cresceu, se divertiu. Na verdade, acho que chamar de amor chega a ser pouco, parece ser algo bem maior, melhor que isso. Bom, de repente não tenha outro nome, apenas, seja verdadeiro. Porque para ser amor, recíproco, tem que ser divertido, inexplicável, cheio de questionamentos, cheio de encaixe, toque, olhar, palavras. “sabe quando você é criança e olha um brinquedo em uma loja, você não sabe o porque, nem como vai brincar direito com ele, você só sabe que o quer para você” e eu “só sei que quero viver um eterno carnaval”. Sabe quando você é tocado e vem aquele calorzinho, que te arrepia, te suaviza, te encanta, te faz sentir único, acolhido, envolvido, excitado. É talvez não seja um conto de fadas, mas sim de muitas fadas, gnomos, salamandras e outras criaturas do imaginário, pois se existe mesmo essa coisa de mundo imaginário foi de lá que você surgiu...um amor ultrapassando distancias. Como nós mesmos afirmamos “nem o tempo, nem a distância, nem terceiros interferem nesse círculo”.