domingo, 22 de novembro de 2009

Hoje conversei com anjos, sobre muitos assuntos..



Já fazia algum tempo que não retirava um tempo para essas diálogos, muito mais internos do que externos..mas também, fazia um tempo que eles não me paravam. E acreditem, eles param mesmo! Antes, era rotineiro o convívio com os mortos, posso afirmar com toda a segurança do mundo que até a metade da minha faculdade, convivi mais com mortos do que com os vivos. Hoje aprendi que os vivos também tem os seus encantos. Pois bem, um dia um leve mal estar no estágio, no outro uma queda de pressão arterial seguida de náuseas, e hoje? Bem, hoje acordei de um jeito muito diferente do qual eu havia dormido. Meu corpo resolveu me parar para refletir, para rezar, para acalmar. Eu não havia notado que a vida tinha se tornado mecânica. Rotineira. Tão previsível. Percebi que havia desanimado, e que eu posso sim desanimar as vezes, mas não preciso desistir. Eu havia desistido. Aí, doeu. O corpo doeu. Porque a mente a algum tempo já vinha doendo. Então olhei para os céus e pensei: porque comigo? Eu que cuido de tanta gente? Faço atendimento voluntário? [quase barganhando um crédito pelas minhas boas ações, que de forma alguma anulam as ruins] Já fiz tanto, por tantos! Porque agora, período que mais estou atendendo, me divertindo, me reabrindo até para o amor, eu tenho que estar com essa puta dor nas costas? O mais irônico é que, assim como lançamos as perguntas, eles lá em cima atiram, literalmente, as respostas. Foi quando percebi que meu corpo estava me parando, porque meu espírito não estava conectado com minhas atitudes, vezes desanimadas no profissional, vezes mecânicas. Havia um descontentamento entre minhas crenças e minhas atitudes. Aí, fui parando, para ir me modificando. Já disse para mais de 400 pessoas, com certeza, que o corpo dá os sinais, e que as dores são na realidade ensinamentos. Quase sempre somos vitimas de nossas próprias teorias. Hoje conversei com anjos, sobre muitos assuntos. Você tem conversado com anjos? Não!? E o corpo já começou a doer?

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Decepção!

Poderia falar sobre o amor, amizade ou espiritualidade. Mas, não, falarei sobre a decepção. Você pode prevenir uma série de doenças praticando atividade física, reeducando a alimentação, fazendo exames periodicamente. Mas, como prevenir de se decepcionar? Decepção é quando você tem aquela vontade louca de comer pizza de calabresa, e sabe que a noite vai ter, passa o dia todo ansiosamente esperando, e quando chega na pizzaria o garçom te diz: hoje não tem calabresa. Você poderia dizer que o problema é o garçom, a pizzaria ou a ausência da calabresa. Mas, não. O problema é você que esperou demais. Que fez um projeção. Ainda assim, pizza é pizza! Seja de queijo, milho ou portuguesa. A questão é que você esperava calabresa. Assim como no dia dos namorados, se você esperar um buquê de rosas e ele te trouxer apenas um botão você vai se decepcionar. Agora, se você não esperar nada, um botão será uma surpresa e tanto! Difícil é trocar a pizza e as rosas pelas coisas que essas metáforas realmente significam. O trabalho, saúde, envelhecimento e os relacionamentos afetivo-sexuais. Como viver, sem esperar nada? Por um lado livre das decepções, por outro, parece tão sem metas, objetivos. É, meu amigo, o melhor é nem esperar muito, nem se ausentar das expectativas. Bom mesmo seria simplesmente deixar as coisas fluírem. Mas, sei que essa filosofia “tanto faz” não traz crescimento algum. Enquanto as respostas e a cura para a decepção não vem, continue com a granola, o yoga e os exames de sangue, eles tem a sua utilidade.

Oração de primavera!


Minhas orações andam tão estranhas,
Tenho pedido paciência ao invés de movimento.
Tolerância ao invés de atitude.
Discernimento.
Fará a vida, uma movimentação agora?
Ou continuará tudo tão igual? Rotineiro...
Faça-a girar, com ou sem tolerância, com ou sem paciência.
Discernimento. Sincronicidade.
Chega de passos que só me conduzem a andar em círculos.
Para que mover-se, se irá parar no mesmo ponto.
Seria mais inteligente apenas pular.
Gasta-se menos energia, para manter-se inerte.
Fará a vida, uma movimentação agora?
Talvez, apenas seja o momento de caminhar em linha reta.
A vida está passando, você está sentindo?
Você tem coragem de dar um passo a frente?
Romper com seu mundinho confortável e dar um passo a frente.
Oras, por favor, pare com os círculos! Progrida! Inove! Movimente!
Com ou sem tolerância, com ou sem paciência.
Movimente-se, senão a vida para. Acomoda.
E você perde muito de você mesmo com isso.
Muito de suas qualidades. Potencialidades. E erros.
Pessoas acomodas não contemplam o belo de um dia de Sol,
Mesmo em meio a tanta chuva, que insiste em não parar de cair.
Movimente-se. Que as tempestades cessam. E o dia ensolarado, abrir-se-á!
Bem vinda a primavera.

Como você vem amando?




Se eu fosse explicar o amor, diria que ele é uma menina de pele e olhos claros, inocente, com sinceridade no olhar. Com os pés no chão, cabeça na lua, e os braços a apontar estrelas. O amor é como um sonho infantil, é mágico, sem limites, sem fronteiras, exagerado! Para ser amor, tem que ser, hiper-duper-mega-ultra exagerado. De fazer a mão suar, o coração bater forte, os olhos brilharem. E como brilham! De fazer você sonhar acordado e não dizer uma palavra se quer que seja aproveitável. Sim, você vira um bobalhão! E quanto mais luta contra, mais bobalhão vai ficando. Ah! Deixa disso, sejamos mais bobalhões e vamos aproveitar a mágica de tudo isso, antes que alguém apareça e nos avise que nós crescemos, aí pensamos mais em dinheiro, estabilidade, racionalizamos tudo. Aí aquela doce menina se transforma numa velha rabugenta que nos diz “não vai dar certo”, “ela é muito nova pra você” ou “vocês ganham muito mal, não casem ainda”. Você acredita e envelhece. A sua idade depende da forma com a qual você ama, e não do calendário. Será você uma menina ou já és uma velha? Como você vem amando?

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

'Sexualismo'


As vezes as pessoas me olham como se eu estivesse chagado numa fila, longa, com lindas orquídeas ao redor, no paraíso e dito: “Oi! Para mim, olhos castanhos, um corpo magro, moreno claro e.. humm.. ah! Quero ser gay!” não! Não foi assim, não é uma escolha minha. Algumas pessoas preferem literatura, e elas não são apontadas pelos administradores. Alguns medicina, e nem por isso são atacados na rua por agrônomos repressores. Eu sou gay, e daí? Modifica o meu caráter? Minha forma de agir, trabalhar ou socializar? Não. É uma parcela da minha vida, pequena o suficiente, para não servir de característica para mim. Quero ser conhecido e reconhecido pelo meu profissional, pela minha forma de pensar e não pelo que na minha intimidade eu faço ou deixo de fazer. Com quem eu transo, é um problema meu. Aliás, não se trata só de sexo, mas também de amor. Para quem olha de fora, pode até ser difícil de compreender, mas se você pensar bem, assim como você gosta do sexo oposto, eu gosto de pessoas do mesmo sexo. Você escolheu isso? Estava lá naquela fila? Não, eu acho que não. Agora, você vivenciar a sua sexualidade, isso sim é uma escolha sua! Eu fiz a minha escolha, sou gay e exerço minha sexualidade, tenho direito de fazer as minhas escolhas. Minhas. Casar, ter filhos, morar junto, namorar, isso sim são escolhas. Não se envergonhe do que sente, escolha dentro do que pertence a sua natureza sexual. Aí, não importa mais se você é homo, bi ou hetero; se estava ou não naquela fila, só importa a sua ansiedade para se sentir vivo e feliz. Sabe aqueles momentos em que cada poro do teu ser anseia por se sentir vivo! Pois é, transpire sem medo. Sinta! Aja! Seja feliz porra! E no mais, compreenda os olhares estranhos, aceite o diferente, escolha. Eu gosto de azul, pizza, sucos e homens. Não sou melhor nem pior do que ninguém por isso. Agora, meu comportamento, meu caráter, isso sim, faz de mim um ser digno de apontamento.

Poderei dizer que te amo?

Hoje eu acordei e me senti só
Sem ter aquele alguém especial ao meu lado
Sem se quer saber, se ele será loiro ou moreno
Branco ou negro,
Se sua pele ira ferver ao me tocar
Seremos parecidos ou completamente diferentes?
Será ele inverno ou verão, amor ou paixão?
Se durará uma vida inteira ou
Serão melhores vinte minutos de minha vida
É estranho olhar para os lados e não ter a quem amar
Será que congelei?
Ou tantas decepções fizeram isso por mim?
Será que quando ele surgir eu:
Poderei dizer que te amo?

by Cris Flores!*

O inaceitável é ser "comum"


Vivemos em um mundo onde as pessoas acreditam que o feijão com arroz bem feitinho é o suficiente. Mentira! Quem é que ainda se contenta com o básico? Com o corriqueiro? Quem tolera fazer as mesmas coisas, de maneira repetida e sistemática, sem um propósito? Você passa quatro ou cinco anos numa faculdade aprendendo que “assim funciona” ou “assim não funciona” sem se questionar em relação ao sistema. Aí, o seu molde social, te diz que só serás feliz com um relacionamento fixo e estável. Ganhando muito dinheiro. E você acredita e segue o molde. Sem perceber que esse molde não é seu, apenas foi feito para você. Oras, faça seu próprio molde de vida, sempre deixando um espaço para que as coisas inesperadas surjam. Ah! As coisas que fogem dos moldes! Como é difícil não ser convencional, não seguir as regras sociais. Quem foi que escreveu essa bobagem? De que os tolos tanto acreditam, de que menino tem que gostar de menina? De que fisioterapia é a terapia somente do corpo? Que gaúcho ou é gremista ou é colorado? Que você precisa ter filhos ou gostar de criança? Que sexo é pecado? Masturbar-se um egoísmo? Que rir é inconveniente? Que ser normal é bom? Quando no entanto a normalidade é apenas comum e o torna mais um, no meio de tantos, que não geram nenhum fascínio. Tudo o que fascina é diferente, ousado, regado a retidão e personalidade. Um tempo atrás eu rezava por saúde, dinheiro, pelos meus familiares, hoje rezo para não ser comum. Que Deus não me permita desanimar por pensar diferente, que não me torne alguém comum. Antes exagerado, pecador, ousado, inconveniente, metido! Do que comum. Afinal de contas, ser comum é tão... tão.. comum.

Sejamos menos Idiotas



Um dia você para e pensa, que talvez, não seja bom o bastante. Ou que não é merecedor, ou pior, que as coisas que já deram errado, darão novamente. Aí você desiste. Já parou para pensar no quanto isso é idiota? Você se relaciona uma ou duas vezes, não da certo e você desiste da terceira ou da quarta tentativa. Idiota! Você não foi naquele momento o perfil desejado para a sua vaga profissional dos sonhos, aí aceita aquele emprego qualquer que parece mais confortável. Idiota! Um dia você se tranca em casa, porque percebe que as ruas não são tão seguras quanto você acreditava. Idiota, saia de casa! Aí, não veio aquela reação que você esperava, simplesmente você descobre que as pessoas não seguem o seu molde, você se acha bom o bastante, e as exclui de seu convívio. Idiota!
Sejamos, por favor, menos idiotas. Afinal de contas, deixar de crer nas coisas porque elas deram errado uma ou duas vezes é pura idiotice. Nem tudo precisa estar certo, perfeito, o tempo todo. Siga o seu fluxo, e se ele 'teimar' em não te levar ao teu ponto desejado, repense-o e sinta! Sentir é sempre melhor do que pensar. O sentir flui, preenche, multiplica. O pensar restringe, limita e decide. Pense menos, sinta mais, e por favor, seja menos idiota!