terça-feira, 23 de março de 2010

Formatura cheganuuuu!


E aí, povo que me conhece, fiz uma pré-seleção de umas músicas para a minha formatura, aí abri votação para vocês me ajudarem na escolha. Então diz aí qual a música que mais combina comigo, ou a que você me conheceu dançando, ou tentando dançar, ou caindo escutando porque dançar era humanamente impossível! \o/


Poker Face (remix) – Lady Gaga
Candy Shop – Madonna
Frozen (remix) – Madonna
Mountain Hare Krishna – Krishna Das
Like a Prayer (S&S Tour) – Madonna
Sweet Dreams – Beyoncé
Like a Virgin – Madonna
Womanizer (remix) – Lily Allen
Boom Boom Pow – Black Eyed Peas
Single Ladies – Beyoncé
Fuck You (remix) – Lily Allen
Vogue (S & S Tour remix) - Madonna
Just Dance – Lady Gaga
Crazy in Love – Beyoncé
Exagerado – Cazuza

~> Outra, deixadika!

as coisas podem ser grandes, pequenas, imensas, depende de vc..


As pequenas coisas…

Vocês já perceberam o quanto nós nos focamos no que nos é grandioso? Desde as conquistas aos problemas. Tudo é grande! Formaturas, casamentos, compra de um carro novo, apresentação da monografia, todos eventos com um marco e uma grandiosidade. Algo que fica registrado em um calendário, como uma data especial. Aí, algumas vezes nos focamos nas coisas que são pequenas, simples, mas que no seu contexto também conseguem ser grandiosas. Depende de cada um. Para mim que tenho os dois braços e os movimento com facilidade, pegar qualquer objeto é um ato simples. Quando em uma manhã dessas, senti um braço que não se move, esboçar um movimento sobre as minhas mãos, tive uma iluminação, sobre as coisas simples da vida. Era eu dando apoio para alguém que estava se redescobrindo com movimentos. Minhas mãos levando outras mãos. Isso foi grande aos meus olhos, pequeno na simplicidade. E assim também o é nos relacionamentos, a gente se preocupa com as coisas grandes “será que ele sabe o quanto eu o amo?”; “será que ele está sentindo que estou pensando nele?”; fidelidade; companheirismo; as finanças; as idas e vindas para existir presença, abraço, colo. Aí você se descuida, nas coisas pequenas, no ciúmes bobo, na insegurança tola, no passado. Passado! Está aí algo que tem um poder interessante, porque os passados que contém duas pessoas podem estar bem resolvidos por uma só! Tanto do seu lado, quanto do meu lado. E o que nos resta então? É focar, se o que queremos é dar atenção as coisas grandiosas, as que são grandiosas na simplicidade ou as que são coisas pequenas. Sou explícito, vocês sabem, vivo das grandiosidades! Amo com grandeza, quase exagerado. Adoro grandes shows, eventos imensos, multidões com um mesmo propósito, Parque da Redenção, eventos ativistas... Vivo das coisas grandiosas na simplicidade como o meu trabalho, um telefonema de bom dia, dois dias inteiros em um quarto, um sorriso, gratidão, um incenso aceso, uma oração. Agora, de coisas pequenas, não sei viver mais a muito tempo. Pelas portas e janelas do meu ser, coisas pequenas não entram. E você? Estás suficientemente focado no que te pareces grande? Ou ainda brigando com a pequenez.

dos extremos, ao meio




Pois bem, vejamos como as coisas são estranhas. Um dia você olha para o lado e percebe que algumas coisas que eram importantes para você, não o são mais. Sempre fui muito questionado sobre dinheiro. Se é uma energia boa, ruim, mais ou menos. Aí diante disso, percebi o quanto para mim esse assunto é delicado. Não sou rico (ainda bem!), mas fui criado em uma vida muito boa. Fiz toda a minha formação em escola particular, fiz cursinhos de computação, inglês, teatro, pratiquei Taekondo, natação e outras coisas. Uniforme escolar bem passado, empregada doméstica, carro do ano, casa própria, apartamento na praia, TV a cabo, tênis de marca, aliás até as meias eram de marca. Os brinquedos mais modernos! Aqueles que na minha infância eram sucesso, do lego ao playmobil. Videogame nunca quis. Um dos primeiros da minha turma a ter computador, a beijar na boca, a ter informação sobre tudo. Eu dava aula junto com os meus professores no que gostava. Na hora do recreio, me dirigia até a recepção e lá estava meu pai com o dinheiro em mãos para eu comprar o meu lanche. Fiz muitas viagens. Tive férias gigantescas, regadas a boa culinária, bom ambiente, diversão sem fim. Colecionei muitas coisas. Sempre me doei muito as minhas manias. Conforto, segurança, uma família harmoniosa, os avós vivendo a me mimar. Pois é, uma bolha! Porque, o mundo não é assim. E quando eu descobri que ele não o era, surtei. Mudei meus valores em 359º. Deixei de ser o mimado, nojento, arrogante, senhor da razão para virar o hippie, o desapegado, o espiritualizado, o desconectado do mundo real. Vivi de energias. Errei, menti, pequei, trai... Amei, vivi, chorei, modifiquei. Fiz viagens a vidas passadas, outras galáxias, para dentro de mim mesmo. Descobri que posso ser o que quiser, aí fiz minhas escolhas. Tracei minhas guerras. Sai da bolha! Interagi com drogados, maloqueiros, prostitutas, deficientes, gays, punheteiros, bandidos. Cada um no seu contexto! Da sua forma. E percebi que o mundo é grande. Que podemos tocar de uma forma boa qualquer ser, independente de como ele está trilhando o seu caminho. Vivi de amor, dos anjos, dos mestres, da família, de 554 casos, de dois ou três romances, de muitos clientes. Hoje percebo que tive que ir de um extremo a outro, do materialismo constante a espiritualidade intrigante. Hoje, trilho o caminho do meio. Gosto de conforto, boa comida, um bom teatro lotadinho, uma roupa bonita. Mas, me sinto plenamente satisfeito em ver as calças Ellus virando bebedeira com os meus amigos. As roupas Colcci virando retiros em meio a natureza. Os tênis substituídos pelos pés descalços, bem unidos a mãe terra. O coração cheio de amor. Acho bonito vaidade, terno e gravata. Mas, vivo tão bem de carinho, afetos, sorrisos, lágrimas, emoções. Sei que não vou curar o mundo, talvez nem uma parcela muito pequena dele. Mas minha vaidade está nos meus seis anos de trabalho desnecessário. Desnecessário sim! Porque de dinheiro nunca precisei, mas daqueles sorrisos, nossa, meu alimento. Seis anos de trabalho desnecessário, mais de 400 pessoas atendidas, um orfanato, um asilo, dois hospitais, 3 cursos de mediunidade, um de magia, 5 giras, um festival de Beltane, 2 renascimentos. É, acho que sou rico sim. E como! Dentro do que para mim tem valor, sou multimilhonário! Tenho uma carreira profissional bem bacana para a minha idade, um namoro intenso e cheio de energia, os amigos mais malucos, presentes e formidáveis. É, a vida pode ser bem boa sem um D & G, um carro zero. Alias, quantos momentos em ônibus, trem, mundo a fora.. Você ainda pode me ver pelas ruas com ou sem uma roupinha bacana, mas sem amor, isso não verás. Agora chega de escrever.. tenho coisas simples para viver..